Não pense que não doeu
Rasguei minha própria
carne
Enfiei-me fundo na
convicção
Eu não podia
Meus Deus...
Eu não podia!
Queria te fazer um som
Mirando o céu
Para que o dia só
amanhecesse
Quando uma a uma
tivéssemos contado todas as estrelas
Ah como eu queria
Estar ali...
E não deixar aquela parte
Os frames rodaram
Os melhores anos
Eu via o mar azul
Você era o oceano inteiro
Vou agora
Mergulhar na poeira
Afiei uma navalha
E pouco a pouco
Fui apertando contra a carne
Por mais que o sangue escorresse
E quisesse parar
Continuei a imprimir
forças
Como? não sei
Me cortei
Fundo...
Arranquei fora
Todo o montante de pele e
sonhos
Fui até o osso
E quando me encontrei
comigo mesmo
Me conhecia bem
E não sabia
Se ia aguentar
Queria por tudo
Não me conhecer!
Queria por tudo
Não me conhecer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário